Onde os super ricos do brasil investem?

Principais destinos de investimento dos super-ricos no Brasil

Os super-ricos no Brasil (e ultra-ricos) têm uma estratégia de investimento bastante diversificada, mas alguns padrões se destacam com base em relatórios, entrevistas e dados recentes. Aqui estão os principais lugares onde eles investem, e por quê:

  1. Renda Fixa Local
    • Muitos dos super-ricos têm grande alocação em renda fixa brasileira. Segundo a Forbes Brasil, cerca de 43,5% da carteira de investidores de altíssimo patrimônio está em ativos de renda fixa. (Forbes Brasil)
    • Eles gostam de CDBs atrelados ao CDI, LCIs / LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), CRIs / CRAs — porque oferecem retorno interessante e, em alguns casos, benefícios fiscais ou estrutura mais sofisticada. (Forbes Brasil)
    • Também investem em títulos públicos (“títulos isentos”), especialmente via fundos exclusivos ou produtos que são mais comuns no universo “private”. (Seu Dinheiro)
  2. Fundos Exclusivos (“fundos dos super-ricos”)
    • Esses são fundos com estrutura personalizada, muitas vezes usados por famílias muito ricas ou investidores institucionais privados. (Estadão E-Investidor)
    • Segundo levantamentos, muitos desses fundos focam em renda fixa, crédito privado conservador e estratégias “garantidas” para preservar capital e aproveitar taxas de juros. (Estadão E-Investidor)
    • Há discussões políticas sobre taxação desses fundos exclusivos, justamente porque concentram fortunas muito altas. (Estadão E-Investidor)
  3. Ações e ETFs (Bolsa de Valores)
    • Mesmo com a preferência por renda fixa, os super-ricos também têm exposição a ações, especialmente “blue chips” (grandes empresas consolidadas). (Valor Investe)
    • Investem também por ETFs (“fundos índice”), o que permite diversificação mais eficiente. (Valor Investe)
    • Nas ações brasileiras, há preferência por empresas de setores “tradicionais”: bancos, exportadoras de commodities, por exemplo. (Valor Investe)
  4. Investimentos no Exterior
    • Um ponto importante: segundo executivos da BlackRock, super-ricos brasileiros têm uma alocação relevante no exterior. (IstoÉ Dinheiro)
    • Isso faz sentido, porque muitos querem proteção de risco local (câmbio, política) e diversificação global.
  5. Imóveis (“Real Estate”)
    • Imóveis continuam sendo um pilar importante para muitos ultra-ricos. Um estudo citado pela Infomoney mostra que entre os 0,001% mais ricos, os imóveis são uma das classes de ativos preferidas. (InfoMoney)
    • Além de propriedades residenciais (mansões, imóveis de luxo), pode haver investimento em imóveis comerciais, terrenos ou “real estate” sofisticado como parte de family offices.
  6. Investimentos Alternativos / “Paixão” (“Investimento de Paixão”)
    • Segundo análises, uma parte menor, mas ainda relevante, do patrimônio vai para ativos de “paixão”: arte, vinhos raros, relógios, carros clássicos, instrumentos musicais raros, entre outros. (Clube dos Poupadores)
    • Também há alocação em ouro (como reserva de valor): segundo o Clube dos Poupadores, super-ricos têm alguns % de seu patrimônio em ouro. (Clube dos Poupadores)
    • Criptomoedas aparecem, mas de forma mais contida: segundo o mesmo levantamento, apenas cerca de 2% do patrimônio estaria em cripto, para a “média” de super-ricos. (Clube dos Poupadores)
    • Há também menções a alocação em hedge funds ou fundos sofisticados, sobretudo em relatórios globais (mas a exposição pode variar bastante). (InfoMoney)
  7. Commodities e Mercados Emergentes
    • Em relatórios de family offices globais, há um aumento no otimismo com mercados emergentes (incluindo ações emergentes) entre os super-ricos. (InfoMoney)
    • Também veem commodities como parte da alocação, segundo essas fontes.

Por que eles investem assim — algumas motivações

  • Taxa de juros alta no Brasil: A Selic elevada torna investimentos em renda fixa locais bastante atraentes para quem tem capital, porque é possível obter retorno “seguro” sem arriscar tanto. (Estadão E-Investidor)
  • Diversificação global: Alocar parte da riqueza no exterior protege contra riscos nacionais (políticos, econômicos, cambiais).
  • Preservação de patrimônio: Imóveis e ativos de “paixão” são meios de manter patrimônio real, que pode valorizar no longo prazo de forma diferente de ativos financeiros.
  • Eficiência tributária: Em alguns casos, fundos exclusivos e estruturas sofisticadas permitem tratar investimentos de forma mais eficiente (mas isso depende bastante das regras fiscais e regulamentações).

Considerações Finais

Investir como os super ricos não significa copiar o patrimônio deles, mas sim entender os princípios que orientam suas decisões. As grandes fortunas brasileiras utilizam bancos e estruturas especializadas porque valorizam três pilares fundamentais: segurança, diversificação global e planejamento de longo prazo.

Seja em private banks tradicionais ou plataformas modernas, o foco permanece o mesmo: proteger o patrimônio, multiplicá-lo com consistência e garantir sua transmissão às próximas gerações. Isso mostra que o verdadeiro “segredo” dos super ricos não está em produtos milagrosos, mas sim em estratégias sólidas, disciplina e visão de futuro.

Para o investidor comum, a lição é clara:
➡️ Comece pequeno, diversifique, busque conhecimento e pense sempre no longo prazo.
Com o tempo, essas práticas constroem uma base financeira forte — exatamente como fazem aqueles que já chegaram ao topo.

 

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