Como funcionam as ações no Brasil

Como funcionam as ações no Brasil? Aqui está uma explicação mais estruturada sobre o mercado de ações brasileiro — como funcionam, quais são algumas das principais ações, aquelas que têm bons dividendos, e outros aspectos que vale observar. É um panorama geral e não constitui recomendação de investimento.


Como funcionam as ações no Brasil

  • As empresas que querem captar recursos abrem capital na B3 (Bolsa de Valores do Brasil) e emitem ações que passam a ser negociadas. (Toro Investimentos Blog)
  • O principal índice para acompanhar o mercado é o Índice Bovespa (IBOV), que reúne as ações mais negociadas e representativas da B3. (Toro Investimentos Blog)
  • Cada ação tem um código (ticker) — por exemplo, “PETR4” para ações preferenciais da Petrobras, “VALE3” para ações ordinárias da Vale etc.
  • O investidor pode ganhar com ação de duas formas principais:
    1. Valorização do preço da ação (comprou por X, vendeu por Y maior).
    2. Dividendo / proventos — parte dos lucros da empresa distribuída aos acionistas.

Principais ações brasileiras

Algumas das ações mais relevantes da bolsa brasileira, com grande liquidez ou peso no IBOV:

  • PETR4: código da Petrobras (ações preferenciais).
  • PETR3: Petrobras (ações ordinárias).
  • VALE3: Vale (ações ordinárias).
  • ITSA4: Itaúsa (holding ligada ao banco Itaú Unibanco).
  • BBSE3: BB Seguridade (seguros).

Esses papéis costumam aparecer quando se fala em “ações grandes da B3”. Por exemplo, em matéria da B3 aparece que os cinco ativos com maior peso no IBOV eram: Vale ON (≈11,69 %), Petrobras PN (≈8,28 %), Itaú PN (≈7,53 %) etc. (B3)


Ações que pagam bons dividendos

Se o seu foco for renda de dividendos, algumas empresas se destacam no Brasil. Exemplos:

Em levantamento de 2025, as 15 ações com maiores Dividend Yield (DY) até 10/09/2025 incluíam:

Importante: alto DY pode indicar que a ação distribuiu muito, mas também pode haver risco — se a empresa for instável, ou se o pagamento não for sustentável.


Ações mais “antigas” ou com listagem de longo prazo

Saber qual empresa está por muito tempo listada pode dar uma sensação (não garantia) de “empresa mais madura”. Algumas referências:

  • A bolsa como entidade tem raízes antigas: a antecedente da B3 remontava à Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo criada em 1895. (Toro Investimentos Blog)
  • Algumas empresas celebraram muitos anos de listagem: por exemplo, Azevedo & Travassos fez 40 anos de listagem em 2024, entrando em 1984. (B3)

Riscos e outros fatores a considerar

  • Mesmo empresas grandes sofrem com volatilidade, mudanças de cenário econômico, câmbio, política etc.
  • Dividendos altos podem não se repetir se a empresa tiver problema.
  • Liquidez (quantidade de negociação diária) importa — ações muito pouco negociadas podem ter dificuldade de saída.

Abaixo vai uma lista selecionada de 10 ações brasileiras que se destacam por liquidez, peso no mercado ou bom pagamento de dividendos (na B3). Para cada uma, indico: código (ticker), setor, por que aparece na lista, pontos de atenção. Importante: isto NÃO é recomendação de compra; são apenas referências para você investigar mais.

Ticker Empresa Por que aparece Pontos de atenção
VALE3 (Vale) Minerais/metais Uma das ações mais negociadas da B3. (Bora Investir) Extremamente cíclica, depende de preços das commodities e da China.
PETR4 (Petrobrás – PN) Petróleo & gás Também entre as mais negociadas. (BPMoney) Forte risco regulatório, político, e da variação do petróleo.
ITUB4 (Itaú Unibanco) Bancos Alto volume de negociação, presença no índice. (Bora Investir) Bancos brasileiros sofrem com crédito, inadimplência, e regulação.
BBAS3 (Banco do Brasil) Bancos estatais Líder recente em liquidez entre as ações da B3. (Money Times) Como estatal, pode estar mais exposto a riscos políticos/decisões de governo.
B3SA3 (B3) Bolsa de valores Representa o próprio mercado. Muito negociada. (Bora Investir) Mesmo que seja “mercado”, depende de volume de negócio e da economia brasileira.
ITSA4 (Itaúsa, holding) Holdings diversificadas Aparece entre as boas pagadoras de dividendos. (Bora Investir) Apesar de pagar dividendos, pode ter menor “crescimento” ou ser mais passiva.
BBSE3 (BB Seguridade) Seguros Boa performance em DY (Dividend Yield) recente: ~11,76 % em 2025 até setembro. (Bora Investir) Ótimo para dividendos, mas setor de seguros também tem riscos de sinistros, regulação.
DIRR3 (Direcional Engenharia) Construção / Incorporadora Entre as top em DY: ~12,29% até setembro 2025. (Bora Investir) Setor de construção civil no Brasil pode ser volátil, dependente de financiamento, política de habitação.
ISAE4 (ISA Energia) Energia elétrica Líder no ranking de DY até maio de 2025 (~10,26%). (lpacademy.com.br) Apesar de bom para dividendos, empresas de energia elétrica têm regulação rígida, investimento intensivo.
MRFG3 (Marfrig) Carnes e derivados Alta DY (~19,6% em último ano) segundo levantamento. (Bora Investir) Muito mais arriscada: setor de carnes é altamente internacionalizado, afetado por câmbio, preço da carne, exportações.

Alguns destaques / critérios utilizados

  • Liquidez / volume de negociação: ajudou a escolher grandes papéis. Ex: Vale, Petros, Banco do Brasil. (IstoÉ Dinheiro)
  • Boa “pagadora” de dividendos: empresas com DY elevado recentemente.
  • Representatividade no mercado: empresas com peso no índice IBOV / IBovespa. (Bora Investir)

Observações importantes

  • Alto DY não garante que será mantido: por exemplo, no ranking mencionado, mesmo empresas grandes como Petros aparecem, mas com “moderado” risco de sustentabilidade do pagamento. (Império OG)
  • O fato de uma empresa ter “muito tempo” ou “muito negociada” na bolsa não elimina riscos como cenário econômico, política, crédito etc.
  • Setores diferentes têm diferentes perfis — bancos, energia, commodities, construção — cada um com suas vantagens/desvantagens.

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